sexta-feira, 20 de março de 2009

A autoridade das Escrituras Sagradas

A autoridade das Escrituras significa que todas as palavras escritas na Bíblia são palavras de Deus, assim não crer em alguma palavra da Bíblia é desobedecer e não crer no próprio Deus.
O texto de 2Tm 3:16 indica que todos os escritos do Antigo Testamento, a palavra grega “graphe” (“escritura”) era utilizada tecnicamente pelos escritores do Novo Testamento para se referirem aos escritos do Antigo Testamento, são palavras “inspiradas por Deus”, assim autorizadas pelo próprio Deus, contudo em dois trechos do Novo Testamento vemos a autenticação do próprio Novo Testamento como autorizada por Deus, 2Pe 3:16 e 1Tm 5:18, o primeiro mostra o conhecimento da existência dos escritos paulinos e a disposição para classificá-las com a mesma autoridade das “demais escrituras”, o segundo mostra Paulo citando as palavras de Jesus em Lc 10:7 e as chama de “escrituras”, compreende-se então que havia uma clara consciência nos autores neotestamentários de que, à medida que se escrevia o Novo Testamento, seus escritos recebiam a autenticação de verdadeiras palavras de Deus.
O Espírito Santo autentica a veracidade e a autoridade das Escrituras, à medida que fala aos corações humanos nas palavras e por intermédio da Bíblia. Em 1Co 2:10 -14, o apóstolo afirma que o homem natural não aceita a Bíblia como verdadeira se não houver operação do Espírito Santo, ele por sua vez como homem espiritual recebe a influência do Espírito Santo para aceitar as verdades espirituais. Como Deus o Espírito Santo não pode mentir (Tt 1:2) assim sua influência Santa, nos autores bíblicos, confere a certeza de que a Bíblia não contêm erro em lugar algum (Sl 12:6) e é o padrão definitivo da verdade (Jo 17:17).
Portanto, crendo na veracidade e na autenticidade da Bíblia como palavra de Deus devemos aceitar que desobedecer as suas orientações é desobedecer ao próprio Deus. Observemos Is 66:2, o próprio Deus afirma que olhará para “o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra”. Magnífico texto e humildemente poderíamos parafraseá-lo da seguinte maneira: Eu, Deus, tenho todo o poder, mas concederei favor aos que reconhecem sua impotência diante de mim por causa da minha palavra!
Tendo compreendido os argumentos a respeito da autoridade das Escrituras devemos passar a definição de inspiração, que é a influência do Espírito Santo sobre as mentes dos escritores das Sagradas Escrituras tornando o registro uma revelação progressiva e suficiente da parte de Deus, que ao ser compreendida no seu todo pelo mesmo Espírito nos leva a salvação em Jesus Cristo.
Devemos considerar alguns pontos a cerca da doutrina da inspiração:
A Inspiração é divina – A inspiração não se trata de sabedoria humana, os escritores sacros não eram homens que atingiram níveis espirituais e intelectuais mais elevados dos que outros seres humanos e por isso escreveram as Escrituras Sagradas. Eles não escreveram porque eram especiais, escreveram porque eram crentes, submissos e obedientes a Deus. O que escreveram foi da parte de Deus inspirada pelo Espírito Santo e não por mera sabedoria humana.
A inspiração é única – Não se deve confundir a influência que Deus exerce sobre todos os crentes em toda a história da humanidade com a inspiração da revelação das Sagradas Escrituras. Um pregador pode escrever um sermão influenciado pelo Espírito de Deus, mas essa influência não é inspiração bíblica. Essa inspiração cessou com o livro de Apocalipse.
A inspiração é dinâmica – A inspiração divina é viva e não mecânica. O Senhor não ditou cada palavra aos escritores bíblicos desprezando suas personalidades e capacidades pessoais, por outro lado Deus supervisionou cada uma dessas capacidades dos escritores para que fosse registrado seu santo desejo nas Escrituras, sem erro ou omissões.
A inspiração é verbal – O Senhor inspirou as palavras e não somente pensamentos ou conceitos da verdade. É claro que a inspiração atingiu primeiramente a mente dos autores, pois para se escrever é necessário pensar. Contudo pensamentos inspirados originaram as palavras inspiradas conforme a vontade soberana de Deus.
A inspiração é plena – Toda a Bíblia é completamente inspirada e não parte dela. A Bíblia não contém a palavra de Deus, ela é a palavra de Deus. A própria Bíblia reivindica a inspiração plena nos textos de 2Tm 3:16 e 2Pe 1:21.

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